Falta de chuvas pode afetar produção nacional de milho
Chuvas irregulares preocupam produtores de milho no Brasil

A irregularidade das chuvas nas principais regiões agrícolas do Brasil tem gerado preocupações sobre a produtividade da segunda safra de milho. Segundo o boletim Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado na terça-feira (15) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a precipitação permaneceu escassa em áreas críticas para a produção.
No Mato Grosso do Sul e no Paraná, as chuvas variaram entre 1 e 10 milímetros, sendo em alguns pontos inexistentes. Em contraste, o Mato Grosso — maior estado produtor de milho — registrou volumes mais elevados, localmente acima de 50 milímetros. Ainda assim, os acumulados desde 1º de janeiro permanecem abaixo da média histórica, representando apenas 73% do volume esperado, cenário semelhante ao do ano anterior.
O relatório também aponta que as regiões ao sul do país enfrentam um déficit hídrico ainda mais acentuado, com precipitações equivalentes a apenas 60% da média. Esse quadro reforça os temores sobre a perda de produtividade da segunda safra de milho, que responde por mais de 30% da produção nacional.
Apesar do déficit hídrico, as temperaturas abaixo da média têm contribuído para limitar a evaporação da pouca umidade disponível no solo, o que tem mitigado parcialmente os impactos negativos sobre as lavouras.
No Rio Grande do Sul, as chuvas entre 25 e 50 milímetros ajudaram a aliviar a seca prolongada que atinge o estado. A melhora na umidade do solo é considerada um avanço importante para o início do plantio do trigo, previsto para as próximas semanas.