Plantio acelerado nos EUA pressiona cotações do milho
O mercado internacional do milho encerrou a semana em leve baixa

O mercado internacional do milho encerrou a semana em leve baixa. Na Bolsa de Chicago, o cereal fechou o dia 24 de abril cotado a US$ 4,77 por bushel, contra US$ 4,82 uma semana antes. A queda reflete o bom desempenho do plantio nos Estados Unidos, que vem ocorrendo de forma mais rápida que o esperado.
De acordo com informações da CEEMA, até o dia 20 de abril, 12% da área de milho já havia sido plantada, superando a média histórica de 10% e a expectativa do mercado. Além disso, cerca de 2% das lavouras já haviam germinado, o que reforça as projeções de uma safra cheia no Meio-Oeste norte-americano.
O clima também contribui para esse otimismo. As condições climáticas nas principais regiões produtoras dos EUA estão positivas, o que aumenta a pressão sobre as cotações internacionais. A boa evolução inicial da safra pode resultar em maior oferta global, o que tende a limitar novas altas nos preços de curto prazo. No Brasil, os preços internos também apresentaram leve queda. A média gaúcha do milho ficou em R$ 68,24 por saca, enquanto em outras regiões os valores oscilaram entre R$ 61,00 e R$ 85,00. A retração da demanda e a expectativa de estoques maiores ajudam a explicar esse comportamento.
Os compradores brasileiros estão utilizando estoques e aguardam novas baixas, enquanto os vendedores mostram maior flexibilidade nas negociações. O clima, por sua vez, torna-se peça-chave nas regiões de segunda safra, especialmente no Paraná e Mato Grosso do Sul, onde há expectativa de mais umidade. O levantamento do Imea mostra que os custos continuam subindo. O custo total do milho de alta tecnologia, para a safra 2025/26, atingiu R$ 6.515,04 por hectare, exigindo uma produtividade média de 107,6 sacas/ha para cobrir o custo operacional efetivo. O cenário reforça a importância do clima e da gestão de custos para os produtores brasileiros.