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Mercado de soja em Chicago fecha perto do equilíbrio

A pressão de baixa no mercado se deveu principalmente à cautela dos investidores



A demanda chinesa por soja americana tem diminuído nos últimos anos A demanda chinesa por soja americana tem diminuído nos últimos anos - Foto: Nadia Borges

O mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia próximo ao equilíbrio, impulsionado por novas vendas externas, mas acumulou perdas ao longo da semana, segundo a TF Agroeconômica. O contrato de soja para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, fechou estável a US$ 982,50 por bushel, enquanto o contrato para janeiro de 2025 teve leve queda de 0,08%, encerrando a US$ 993,75. O farelo de soja para dezembro recuou 1,40%, cotado a US$ 295,3 por tonelada curta, e o óleo de soja para o mesmo mês registrou alta de 2,57%, fechando a US$ 46,30 por libra-peso.

A pressão de baixa no mercado se deveu principalmente à cautela dos investidores, que mantiveram as cotações próximas do equilíbrio apesar de um volume significativo de exportações adicionais. Foram confirmadas vendas de 330 mil toneladas de soja para a China e um destino não revelado, além de 30 mil toneladas de óleo de soja adquiridas pela Índia. Essas compras ajudaram a conter maiores especulações em torno das eleições presidenciais americanas, que ocorrem nesta terça-feira, gerando incertezas sobre possíveis mudanças nas relações comerciais entre EUA e China.

A demanda chinesa por soja americana tem diminuído nos últimos anos, refletindo uma mudança estratégica de importação. De acordo com a consultoria Trivium China, a participação dos Estados Unidos no mercado chinês de soja caiu de 40% em 2016 para 18% em 2024, enquanto o Brasil ampliou sua fatia de 46% para 76%. "Pequim se sente mais segura ao reduzir a dependência dos EUA para a segurança alimentar, especialmente em um cenário de possível conflito", comenta a analista agrícola Even Pay.

O cenário também é influenciado pelo temor de que, em caso de vitória de Donald Trump, o mercado enfrente novas tarifas comerciais, podendo reduzir ainda mais o comércio bilateral entre China e Estados Unidos. Com isso, a soja acumulou na semana uma queda de 0,38%, ou US$ 3,75 por bushel para o contrato de janeiro. O farelo de soja registrou retração de 3,43%, enquanto o óleo de soja teve valorização de 4,87% na semana.
 

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