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Buracos ameaçam agricultura na Turquia

Autoridades monitoram a situação


Esses sumidouros estão avançando para zonas cada vez mais críticas Esses sumidouros estão avançando para zonas cada vez mais críticas - Foto: Nadia Borges

A planície de Konya, na Turquia, conhecida como "o celeiro do país", está enfrentando uma grave ameaça devido ao surgimento de mais de 2.600 buracos na terra, conhecidos como sumidouros. Essas formações, que variam em tamanho, são causadas pela seca severa e pelo consumo excessivo das águas subterrâneas, colocando em risco tanto a agricultura quanto áreas residenciais da região. A ameaça vem crescendo, especialmente em distritos como Cihanbeyli, Yunak, Kulu, Sarayönü e Kadinhani, locais tradicionalmente reconhecidos pela alta produção de cereais, que agora veem suas atividades econômicas em perigo.

Esses sumidouros estão avançando para zonas cada vez mais críticas, aproximando-se de áreas densamente povoadas, locais de investimentos em energia e regiões com intensa atividade agrícola. Anteriormente, eles se formavam principalmente em áreas isoladas, mas agora surgem em locais onde a presença humana e a produção agrícola são intensas, aumentando significativamente os riscos tanto para a população quanto para a economia local. O avanço dessas formações expõe a relação direta entre a ação humana, o uso descontrolado dos recursos hídricos e o agravamento das condições naturais, resultando em uma crise ambiental que afeta toda a região.

As autoridades turcas, como a Autoridade de Gestão de Catástrofes e Emergências (AFAD) e o Centro de Investigação de Aplicação de Sumidouros da Universidade Técnica de Konya, estão monitorando de perto a situação. Elas trabalham para implementar medidas preventivas, na tentativa de conter o surgimento de novos sumidouros. No entanto, especialistas alertam que a solução para o problema é complexa. Os sumidouros, apesar de serem um fenômeno natural, têm seu número amplificado pelas atividades humanas, sobretudo pelo uso inadequado dos recursos subterrâneos. Essas informações são do portal Euronews, de Portugal.

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