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Análise do mercado brasileiro de biopesticidas

Os fixadores biológicos realizam simbiose com culturas de leguminosas


Cigarrinha é um dos alvos Cigarrinha é um dos alvos - Foto: Divulgação

No Brasil, o mercado de produtos fitossanitários para proteção de cultivos é o maior do mundo, com vendas de produtos biológicos crescendo rapidamente, a uma taxa de 38% ao ano nos últimos cinco anos em dólares norte-americanos. Na temporada 22-23, o mercado de biológicos atingiu US$ 827 milhões, com destaque para bioinseticidas e bionematicidas, utilizados principalmente no manejo de nematoides na soja e no controle da Cigarrinha do milho

A consultoria de inteligência de mercado Blink estima que o mercado total chegará a US$ 2 bilhões na temporada 2026-27, impulsionado pela adoção contínua de tecnologias biológicas, expansão das áreas cultivadas e aumento do número de produtos utilizados. Este crescimento atrairá novas empresas para o mercado, potencialmente afetando as margens de lucro. Além disso, o aumento do uso de produtos biológicos é evidente nos registros, superando pela primeira vez os pesticidas químicos tradicionais. 

Na cana-de-açúcar, 90% dos produtos registrados para controle de pragas são biológicos. No Brasil, 55% dos agricultores adotaram tecnologias biológicas, em comparação com apenas 6% nos Estados Unidos. Na temporada 22-23, a consultoria Blink ressaltou que 15% do mercado total de produtos biológicos era composto por inoculantes. Estes inoculantes são divididos em três categorias conforme a legislação: fixadores biológicos de nitrogênio em leguminosas, bactérias associativas e microrganismos promotores de crescimento. 

Os fixadores biológicos realizam simbiose com culturas de leguminosas, como as bactérias Bradyrhizobium Sp na soja. As bactérias associativas, como Azospirillum Sp, interagem livremente com as plantas na rizosfera. Já os microrganismos promotores de crescimento, sejam bactérias ou fungos, estimulam o crescimento das plantas e a solubilização de nutrientes. No entanto, apesar das oportunidades, os fungos têm uma representação muito pequena no mercado de inoculantes, com apenas treze produtos registrados, enquanto a maioria é de base bacteriana. Os fungos registrados incluem os gêneros Trichoderma, Claroideoglomus, Rhizoglomus e Rhizophagus.
 

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