Eleições nos EUA impactam soja e dólar
No Brasil, o cenário cambial também deve ser afetado
Segundo análise da TF Agroeconômica, a tendência de queda para o mercado de soja em Chicago era previsível, independentemente do resultado eleitoral nos Estados Unidos. Caso Trump saísse vitorioso, a continuidade das sanções à China limitaria as exportações de soja americana para o mercado chinês, o que, por sua vez, beneficiaria os preços da soja no Brasil. Por outro lado, se Kamala Harris assumisse o governo, a dinâmica de Oferta e Demanda no mercado de soja americano prevaleceria, pressionada pelo excesso de oferta e a redução da demanda.
No Brasil, o cenário cambial também deve ser afetado, com expectativa de alta do dólar. Segundo a TF Agroeconômica, esse movimento é impulsionado tanto pela possível valorização do dólar americano em razão de uma política econômica mais rígida nos EUA, quanto pela escolha diplomática brasileira de apoiar regimes autoritários, o que pode afetar sua posição internacional. Esse alinhamento pode gerar atritos com a administração Trump, especialmente em um contexto onde os agricultores americanos, base forte de apoio de Trump, enfrentam concorrência com o agronegócio brasileiro.
Diante desse panorama, Trump pode recorrer a medidas protecionistas ou até mesmo sanções contra o Brasil como estratégia para fortalecer seu apoio entre os eleitores do setor agrícola americano. “O dólar no Brasil tenderá a subir (desvalorizando), por dois motivos: o dólar nos EUA tende a se valorizar com a política rígida de Trump e porque a diplomacia brasileira escolheu o lado errado, apoiando ditaduras e terroristas no mundo.Como o agricultores americanos são fortes eleitores de Trump e a agricultura brasileira é forte concorrente deles, Trump poderá usar isto e impor sanções ao Brasil para agradar seus eleitores”, disse a TF.