Vendas de feijão mostram desigualdade regional
Nos supermercados, observa-se um padrão de consumo resiliente
Segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), o mercado de feijão-carioca começou a semana com volume reduzido de negociações, refletindo um momento de calma no setor. Enquanto algumas regiões com predominância de consumidores das classes B e C mantêm um nível de vendas semelhante ao mesmo período do ano passado, periferias de grandes cidades e áreas onde predomina a classe C/D registraram quedas significativas no volume de vendas em setembro e outubro, sendo estes considerados os meses de menor faturamento do ano.
Nos supermercados, observa-se um padrão de consumo resiliente nas regiões com maior concentração das classes B e C, o que sugere certa estabilidade, apesar da desaceleração em outras áreas. Esse comportamento de consumo pode estar relacionado à capacidade de adaptação do mercado varejista, que busca atender às necessidades desse público sem grandes oscilações nos preços.
Por outro lado, a situação é alarmante em localidades com predominância das classes C e D, que registram uma retração acentuada. A queda no volume de vendas reflete não só uma diminuição no consumo, mas também uma fragilidade econômica acentuada nesses segmentos, que enfrentam maior dificuldade para manter o ritmo de compras de produtos como o feijão-carioca.
“O primeiro dia do novo referencial de preço do feijão do Brasil CEPEA/CNA foi bem no primeiro dia de publicação ao retratar as referências de preço nos mais diversos pontos onde há feijões sendo negociados no Brasil. São muitas perguntas que recebemos e vamos preparar um vídeo com todas as explicações de como está sendo feita a tomada destes preços”, conclui.