Soja na CBOT cai com colheita no Brasil
O movimento de baixa desta terça-feira marca o quinto dia consecutivo de quedas
Além do impacto da colheita, o mercado também reagiu às tensões comerciais entre os EUA e a China - Foto: Pixabay
A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em queda nesta terça-feira, com os contratos operando abaixo dos US$ 10 por bushel, pressionados pelo avanço da colheita no Brasil e pelas novas tarifas comerciais impostas pelos EUA e China. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para março caiu 1,43%, encerrando a sessão a US$ 9,84 por bushel. O contrato para maio recuou 1,24%, fechando a US$ 9,99 por bushel. O farelo de soja para março caiu 1,45%, cotado a US$ 285,90 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou 1,47%, a US$ 42,27 por libra-peso.
O movimento de baixa desta terça-feira marca o quinto dia consecutivo de quedas na CBOT. O relatório semanal da Conab indicou que a colheita da soja no Brasil atingiu 48,4% da área plantada, um avanço significativo em relação aos 36,4% da semana anterior e acima dos 47,3% registrados no mesmo período de 2024. Esse progresso acelerado contribui para a pressão sobre os preços, uma vez que aumenta a oferta global da oleaginosa.
Além do impacto da colheita, o mercado também reagiu às tensões comerciais entre os EUA e a China. O governo Trump impôs tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá e 20% sobre importações chinesas. Em resposta, a China anunciou tarifas de 10% sobre soja, sorgo, carne bovina, suína, frutos do mar, frutas, vegetais e laticínios, além de um adicional de 15% sobre trigo, milho, algodão e aves, com vigência a partir de 10 de março.
Apesar do cenário de baixa, o mercado recebeu uma notícia positiva: exportadores privados reportaram ao USDA a venda de 20.000 toneladas métricas de óleo de soja para entrega a destinos não revelados durante o ciclo 2024/25, que começou em 1º de outubro. Esse anúncio trouxe um suporte momentâneo para os preços do óleo de soja.
