Esses fatores mexeram com o mercado da soja

De acordo com a TF Agroeconômica, várias notícias recentes têm impactado significativamente o mercado da soja, gerando variações nas cotações e perspectivas de exportação. Uma das notícias de destaque foi a venda de 20.000 toneladas métricas de óleo de soja para destinos não especificados, anunciada por exportadores privados ao USDA. Esse movimento é considerado altista, especialmente no contexto do ano comercial de 2024/25, que começou em outubro. Essa venda reflete a demanda contínua e o potencial de expansão do mercado global para o óleo de soja.

Além disso, as perspectivas para o mercado de soja indicam uma tendência de queda na CBOT, com a soja sendo considerada uma opção de baixo desempenho para 2025. O analista Bryce Knorr aponta que a pressão sobre os preços na Bolsa de Chicago deve se manter, enquanto para o Brasil, a previsão é de uma elevação dos prêmios e maior demanda, o que pode impulsionar os preços internamente. Esse cenário sugere um contraste entre os mercados dos EUA e do Brasil, com impactos nas estratégias de comercialização.

Outro fator relevante é a suspensão das importações de soja dos EUA pela China, como parte de retaliações às tarifas impostas pela administração Trump. A China suspendeu licenças para três empresas norte-americanas e também deixou de importar madeirados dos EUA, afetando diretamente as exportações de soja, que foram avaliadas em US$ 12,8 bilhões em 2024. Este movimento é altista para o Brasil, que pode se beneficiar da demanda adicional, mas é baixista para os preços na CBOT, com a menor participação dos EUA no mercado global.

Por fim, a União Europeia tem ampliado suas importações de soja, com um aumento de 8,6% até março de 2024. Esse crescimento reflete a contínua necessidade de abastecimento da região, impulsionando as exportações, principalmente do Brasil, que se consolida como um dos principais fornecedores globais.