Como os mercados agrícolas encerram a semana?
No mercado de trigo, os preços seguem em queda
A soja é negociada em queda nos mercados futuros, com o contrato de março da CBOT a US$ 1.038,50, uma queda de 5,40 pontos, segundo a TF Agroeconômica. A retração ocorre após o governo dos Estados Unidos anunciar que, a partir de amanhã, serão aplicadas tarifas de 25% sobre produtos importados do México e Canadá, devido a questões relacionadas à imigração ilegal e ao tráfico de fentanil.
Essa medida é vista como um primeiro passo de várias ações semelhantes, que podem afetar ainda mais as relações comerciais, incluindo com a China. No entanto, o mercado de óleo de soja apresenta uma exceção, com preços em alta. A justificativa é que a limitação das exportações de óleo de canola do Canadá pode aumentar a demanda por óleo de soja dos EUA.
O milho, por sua vez, também sofreu quedas em Chicago, com o contrato de março atingindo US$ 482,25, uma queda de 8,0 pontos. A imposição de tarifas entre os EUA, México e Canadá gera incertezas sobre o futuro do comércio de milho, especialmente com o México sendo o maior importador mundial do grão. Embora um conflito tarifário não deva interromper totalmente as exportações dos EUA para o México, a possibilidade de o país buscar fornecedores alternativos pode abrir espaço para os grãos da América do Sul, caso haja uma escalada nas tarifas.
No mercado de trigo, os preços seguem em queda, com o contrato de março negociado a US$ 558,25, um recuo de 8,25 pontos. A nova guerra tarifária afetou a competitividade dos Estados Unidos no mercado global, especialmente com o México, um dos principais compradores do grão. A imposição de tarifas pode fortalecer o dólar, tornando as exportações americanas mais caras e impactando ainda mais os preços internacionais.