Soja fecha em baixa em Chicago
A pressão baixista foi impulsionada por fatores como o temor de novas tarifas
A pressão baixista sobre os preços foi impulsionada por fatores como o temor de novas tarifas - Foto: Pixabay
A soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira, influenciada por tarifas comerciais e pelo avanço da colheita na América do Sul, segundo a TF Agroeconômica. O contrato de maio, referência para a safra brasileira, caiu 1,06%, fechando a US$ 1000,50 por bushel.
O contrato de julho recuou 0,98%, encerrando a US$ 1015,50. No mercado de derivados, o farelo de soja para maio caiu 0,53%, cotado a US$ 300,2 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou 0,60%, a US$ 41,68 por libra-peso.
A pressão baixista sobre os preços foi impulsionada por fatores como o temor de novas tarifas comerciais, o avanço da colheita no Brasil e na Argentina e a proximidade da temporada de plantio nos Estados Unidos. Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou em 4% sua previsão de exportações brasileiras de soja para março, estimando embarques de 15,45 milhões de toneladas, volume próximo ao recorde mensal de 15,7 milhões registrado em abril de 2021. As exportações brasileiras de farelo de soja também devem atingir 2,38 milhões de toneladas neste mês.
O mercado ainda reage à quarta queda consecutiva da oleaginosa em Chicago, influenciada pelos temores de uma guerra comercial prolongada. Investidores monitoram os impactos da escalada tarifária promovida pelo governo Trump, especialmente a tarifa de 10% imposta pela China sobre os grãos dos EUA, que pode reduzir a demanda global por produtos agrícolas americanos e aumentar a competitividade da soja sul-americana. Diante desse cenário, a tendência de curto prazo segue pressionada por incertezas no comércio global e pelo aumento da oferta sul-americana, que mantém os preços sob pressão.
