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Queda nos preços do milho marca início de abril com mercado cauteloso

Movimentação dos compradores está mais lenta



Foto: Nadia Borges

Os preços do milho registraram queda nas principais regiões produtoras do Brasil neste início de abril, de acordo com o boletim informativo do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A retração está diretamente ligada à demanda enfraquecida, uma vez que consumidores já abastecidos estão evitando novas aquisições, aguardando possíveis novas baixas no mercado.

A movimentação dos compradores está mais lenta, especialmente devido à colheita da primeira safra, que ainda mantém certa oferta no mercado. Essa postura mais cautelosa tem pressionado as cotações no mercado físico. Ao mesmo tempo, vendedores voltaram a atuar de forma mais ativa no spot nacional, tentando fechar negócios antes que os preços recuem ainda mais.

Por outro lado, parte dos produtores ainda limita o volume ofertado, mantendo o foco no desenvolvimento da segunda safra. O comportamento divide o mercado: enquanto uns temem perdas e correm para negociar, outros apostam em uma possível valorização futura, o que gera um cenário de incerteza.

Segundo os pesquisadores do Cepea, o retorno das chuvas em algumas regiões produtoras elevou o otimismo quanto ao desempenho da segunda safra de milho. A melhora nas condições climáticas pode favorecer o desenvolvimento das lavouras e, consequentemente, ampliar a oferta nos próximos meses.

Outro ponto destacado pelo boletim do Cepea é a melhora na logística de transporte. Com o aumento da oferta de caminhões, as dificuldades no escoamento da produção diminuíram, o que contribui para maior fluidez nas negociações e estabilidade operacional em parte do mercado. A tendência de curto prazo ainda é de pressão sobre os preços, mas o ritmo das cotações dependerá do equilíbrio entre oferta, demanda e condições climáticas nas próximas semanas.

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