Produção de soja pode superar 170 milhões de toneladas

Os preços da soja permaneceram estáveis no Brasil.  Segundo dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA) referente a semana de (14/03 a 20/03), a média no Rio Grande do Sul ficou em R$ 128,00 por saca, enquanto nas demais regiões os valores oscilaram entre R$ 107,00 e R$ 121,00 por saca.

A colheita da soja no país avançou para 66% da área semeada, um número próximo da média histórica de 65,6% para o período. No Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicou que 97,3% da colheita já estava concluída no final da semana anterior. Já a consultoria AgRural apontou que a colheita nacional atingiu 70% da área plantada até 13 de março, o ritmo mais acelerado para essa época do ano em pelo menos 14 anos.

A produção brasileira de soja deve ficar entre 165 e 170 milhões de toneladas, dependendo dos números finais do Rio Grande do Sul, onde a quebra de safra já chega a 40% em média, segundo estimativas do setor. Apesar das perdas no estado gaúcho, em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, a colheita nacional deve alcançar um novo recorde. A Abiove estima que a safra anterior, de 2023/24, totalizou 154,4 milhões de toneladas, com impacto negativo do clima em diversas regiões. Algumas projeções privadas, como as da Safras & Mercado, indicam uma colheita de 172,5 milhões de toneladas, enquanto a Abiove prevê 170,9 milhões de toneladas.

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A exportação de óleo de soja foi revisada pela Abiove e deve crescer 27,3% em relação à estimativa de fevereiro, totalizando 1,4 milhão de toneladas. Esse aumento ocorre após o governo brasileiro decidir manter a mistura de biodiesel no diesel fóssil em 14%, reduzindo a demanda doméstica de óleo de soja para 10,1 milhões de toneladas em 2025, uma queda de 3,8%. No ano passado, mais de 7 bilhões de litros de óleo de soja foram destinados à produção de biodiesel.

A Anec projeta que o Brasil exportará 15,6 milhões de toneladas de soja em março, número próximo ao recorde histórico de abril de 2021, quando 15,7 milhões de toneladas foram embarcadas. O Brasil segue como maior produtor e exportador mundial da oleaginosa, impulsionado pela demanda chinesa. "A expectativa é de que o Brasil exporte mais de 100 milhões de toneladas em 2025, com a confirmação de uma colheita recorde próxima de 170 milhões de toneladas, além de uma demanda forte da China, maior importador que está em guerra comercial com os Estados Unidos, segundo exportador global", destacou a Anec.