Chicago: Soja sobe com exportações fortes
Outro fator de suporte ao mercado é o aumento na demanda interna
A soja negociada em Chicago registrou alta nesta quinta-feira, impulsionada pela demanda aquecida por grãos e subprodutos nos Estados Unidos, conforme destacou a TF Agroeconômica. Segundo o fechamento do dia, o contrato de novembro de 2024, referência para a safra brasileira, subiu 0,61%, ou 6,00 cents/bushel, encerrando a $982,50. O contrato de janeiro de 2025 subiu 0,33%, ou 3,25 cents/bushel, a $994,50. No entanto, o farelo de soja para dezembro fechou em queda de -0,70%, a $299,5, enquanto o óleo de soja subiu 3,04%, a $45,14/libra-peso.
O aumento nas cotações foi sustentado por um avanço nas exportações semanais dos EUA, que cresceram 6% em relação ao relatório anterior e 39% frente à média das quatro semanas anteriores, conforme dados do USDA. Além disso, foi anunciada uma nova venda para exportação de 150 mil toneladas de farelo de soja, fortalecendo ainda mais o mercado. Esse cenário positivo ocorre em meio à colheita, um período que geralmente traz pressão baixista devido ao aumento da oferta, mas que, neste caso, foi superado pelo crescimento na demanda.
Outro fator de suporte ao mercado é o aumento na demanda interna por esmagamento de soja, com expectativas de que o relatório de setembro aponte um crescimento mensal de até 11,9% no volume processado. Isso indica uma demanda robusta por subprodutos, como óleo e farelo, em um período estratégico para o mercado americano.
Para o mercado externo, as exportações de soja para a safra 2024/2025 também superaram expectativas. Segundo o USDA, foram vendidas 2.273.300 toneladas na semana de 18 a 24 de outubro, acima do volume anterior de 2.151.700 toneladas, com destaque para a China, principal importador, que adquiriu 715 mil toneladas, incluindo 230 mil anteriormente destinadas a destinos desconhecidos.