Milho tem dia turbulento na B3
Os exportadores brasileiros perderam o ímpeto

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado futuro de milho na B3 teve um dia de intensas oscilações nesta quarta-feira (data não especificada), encerrando com quedas nos principais contratos. As movimentações foram impulsionadas por variações bruscas no câmbio e pela influência direta das decisões tarifárias dos Estados Unidos, que impactaram tanto o mercado interno quanto o internacional.
Durante a primeira metade do dia, com tarifas americanas elevadas em 104% para a China e 84% para os EUA, o dólar ultrapassou os R$ 6,00, impulsionando o milho brasileiro acima dos R$ 81,00. Neste cenário, a liquidez aumentou e vários negócios foram realizados. No entanto, após o presidente americano recuar temporariamente as tarifas para 10% (exceto para a China, que passou a ter tarifa de 125%), o mercado em Chicago reagiu com forte alta, enquanto os mercados brasileiro e europeu recuaram. A valorização do real, com queda de -2,54% do dólar no dia, comprometeu a competitividade do milho nacional.
Com a suspensão temporária das tarifas por 90 dias, os exportadores brasileiros perderam o ímpeto observado no início do dia, interrompendo os planos de vendas externas diante da nova imprevisibilidade das políticas comerciais americanas. A insegurança quanto à manutenção ou não das tarifas prejudica a formação de tendência no mercado.
Diante desse quadro, os contratos futuros na B3 encerraram em queda: maio/25 fechou a R$ 76,56 (-R$ 0,61 no dia, +R$ 2,26 na semana); julho/25 caiu para R$ 72,18 (-R$ 0,77 no dia, -R$ 0,52 na semana); e setembro/25 terminou a R$ 71,83 (-R$ 0,79 no dia, +R$ 0,03 na semana). Em contraste, na CBOT em Chicago, o milho teve forte alta: o contrato de maio subiu 1,07% (US$ 5,00 cents/bushel) para US$ 474,00 e o de julho avançou 1,21% (US$ 5,75 cents/bushel) para US$ 480,50, impulsionado pela perspectiva de retomada da competitividade do grão americano.