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Milho pode ter mais uma semana de valorização

Até janeiro de 2026, o estoque de milho deverá somar 5 milhões de tonelada no Brasil



Foto: Divulgação

Segundo a análise do especialista da Grão Direto desta segunda-feira, 04, boas condições climáticas para o milho de verão fizeram com que o plantio avançasse no Brasil, chegando a 36,8% na última semana, de acordo com a Conab. Na última semana, a Bolsa de Cereales reportou que o plantio de milho está em 34,5%, um progresso de 5,6% em relação à semana anterior, com 86% da área plantada em condições normais e excelentes de cultivo. O mercado interno continuou sendo o maior demandante do cereal, mas o ritmo de negócios segue lento, mesmo com uma melhora nos preços. 

Para a safra de verão 2024/25, a Conab estima uma produção de 22,72 milhões de toneladas de milho, com um crescimento de 4,6% na produtividade apesar da redução de área em 5,4%, o que representa uma queda de 1,1% em relação à safra anterior. Para a segunda safra, há previsão de aumento de 1% na área e de 3,8% na produtividade, com uma produção estimada de 94,63 milhões de toneladas, um crescimento de 4,8%. Mesmo com essa maior oferta, a Conab projeta uma leve redução nos embarques, previstos em 2 milhões de toneladas a menos que o volume estimado de 34 milhões para a atual temporada. Já o consumo interno poderá crescer cerca de 3 milhões de toneladas, alcançando 87,03 milhões, conforme apontou a análise.

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De acordo com o Grão Direto, a Conab destaca ainda que, até janeiro de 2026, o estoque de milho no Brasil deverá somar 5 milhões de toneladas, abaixo da média histórica de 9,6 milhões das últimas cinco safras, em parte devido à crescente demanda interna.

No Brasil, a procura pelo milho é puxada principalmente pelos setores de nutrição animal e pela produção de etanol de milho. Nos últimos 30 dias, os preços do frango congelado, da carcaça de suínos e do etanol caíram, mas o milho manteve-se valorizado no mercado interno. A baixa comercialização pelos produtores e o fortalecimento da margem para pecuaristas, grandes consumidores de milho, têm sustentado os preços. As altas recentes abrem oportunidade para produtores comercializarem o cereal, que tende a ganhar ritmo de vendas com o avanço da safra de soja e a consequente necessidade de liberar espaço de armazenamento, segundo informações da análise do especialista.

De acordo com o Grão Direto, para a safra 2024/25, a Conab projeta uma produção total de 119,74 milhões de toneladas de milho no Brasil, representando um crescimento de 3,5% em relação à temporada passada. Em nível global, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê uma produção de 1,21 bilhão de toneladas e um consumo de 1,22 bilhão de toneladas, resultando em um déficit de 20 milhões de toneladas. No Brasil, a expectativa é de mais uma semana de valorização do milho, em linha com a tendência das últimas semanas. 

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