Projeto de algodão fortalece comunidades quilombolas
O projeto-piloto beneficiará diretamente 27 famílias

A comunidade quilombola São Maurício, em Alcântara (MA), foi palco, na última terça-feira (25), do lançamento do projeto algodão Agroecológico Consorciado com Produtos Alimentares – algodão da Liberdade. A iniciativa visa impulsionar a economia local por meio do cultivo de algodão agroecológico integrado a alimentos tradicionais como milho, feijão, mandioca e hortaliças, promovendo segurança alimentar e sustentabilidade para as famílias da região.
O evento contou com a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o Governo do Maranhão, a Embrapa Algodão e a Prefeitura de Alcântara. A parceria permitirá a capacitação técnica dos agricultores, a certificação agroecológica e a doação de sementes. Para Bira do Pindaré, secretário da SAF, o projeto resgata a história do município de forma transformadora: “Antes, o algodão era símbolo da dor da escravidão. Agora, ele é símbolo de liberdade e desenvolvimento.”
A agricultora Eliane Rodrigues celebrou a chegada do projeto como uma nova esperança para São Maurício. “Estamos muito gratos por esse olhar para nossas comunidades. Vai incentivar toda a região”, disse emocionada. Segundo o pesquisador da Embrapa, Frederico Lisita, os produtores serão capacitados com técnicas de cultivo orgânico e participativo, com unidades de aprendizagem e pesquisa (UAPs), valorizando práticas sustentáveis e preços diferenciados.
O projeto-piloto beneficiará diretamente 27 famílias e, indiretamente, cerca de 60 em Alcântara, com previsão de expansão para outras comunidades. Coordenado pela Embrapa Algodão e financiado pelo MDA, o Algodão da Liberdade faz parte de uma estratégia maior para fortalecer consórcios agroecológicos em todo o Nordeste e Semiárido mineiro.