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Pasto de ILPF deve ter rebaixamento de 40% da altura

O pesquisador destacou a importância de considerar a altura ideal do pasto


O pesquisador destacou a importância de considerar a altura ideal do pasto O pesquisador destacou a importância de considerar a altura ideal do pasto - Foto: Joaquim Bezerra

No dia 8 de agosto, o professor Edicarlos Damacena de Souza, da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR/MT), falou sobre “Manejo de pastagens e melhorias ao meio ambiente” no 6º Seminário Técnico de Integração Lavoura-Pecuária, na Embrapa Agropecuária Oeste em Dourados, MS. 

Ele destacou o papel da Aliança SIPA (Sistemas Integrados de Produção Agropecuária) na transferência direta de conhecimento para os produtores, com aplicação em cerca de duas mil propriedades no Brasil. O seminário contou com cinco palestras, sendo a de Damacena a segunda, e as matérias sobre cada uma serão divulgadas até 16 de agosto.

Segundo a Embrapa, existem 28 milhões de hectares de pastagens com algum nível de degradação no Brasil. “O pasto precisa descansar um tempo. E um pasto cansado leva a uma série de desequilíbrios. Se tem alta intensidade de pastejo, a tendência é diminuição de cobertura do solo e de matéria orgânica; essa redução causa problemas na estrutura do solo, diminui retenção de água”, pontuou o professor.

Em solo arenoso, é crucial adicionar matéria orgânica para melhorar a estrutura do solo, tanto em pastos permanentes quanto em sistemas integrados como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP). No manejo de pastoreio, a pastagem deve estar na altura adequada para os animais. O professor Damacena exemplifica com o pasto BRS Piatã, onde o ideal é que o gado entre quando a forrageira está abaixo de 40 cm. Quando a pastagem está a 1 metro de altura, pode ocorrer tombamento do pasto e problemas como envelopamento e estiolamento, resultando em uma redução na produtividade da soja de até 6 sacas por hectare.

O pesquisador destacou a importância de considerar a altura ideal do pasto em diferentes métodos de manejo, como contínuo, rotativo e integração. Ele observou que, com um manejo e taxa de lotação equivalentes, não há diferença significativa na qualidade entre os métodos contínuo e rotativo. O manejo de pastoreio é definido pela intensidade e frequência de desfolhação. Intensidade refere-se ao quanto o pasto é rebaixado pelo gado, e frequência à quantidade de vezes que o animal retorna à mesma área. 
 

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