Rabobank projeta alta da Selic e volatilidade do real
No mercado de trabalho, a taxa de desemprego encerrou 2024 em 6,2%
No mercado de trabalho, a taxa de desemprego encerrou 2024 em 6,2% - Foto: Pixabay
Segundo o Rabobank, Donald Trump confirmou a imposição de tarifas de 25% sobre o Canadá e o México a partir de 4 de fevereiro, após o Federal Reserve manter os juros entre 4,25% e 4,50%. O banco prevê que o único corte nos EUA em 2025 ocorrerá em junho. No Brasil, o Copom elevou a Selic para 13,25% (+100 p.b.) e sinalizou nova alta, refletindo preocupação com a atividade econômica. O dólar fechou a última semana a R$ 5,8443, valorização de 1,2% do real, o melhor desempenho entre 23 moedas emergentes. Ainda assim, a expectativa é de volatilidade, com a moeda americana encerrando 2025 a R$ 5,94.
Na primeira reunião sob Gabriel Galípolo, o Copom manteve a postura firme, e o Rabobank projeta Selic a 15,00% em 2025. Já o IGP-M desacelerou para 0,27% em janeiro, após alta de 0,94% em dezembro, influenciado pela queda da inflação ao produtor. No campo fiscal, o governo federal atingiu o limite mínimo da meta, registrando déficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024 (-0,40% do PIB). Excluindo despesas fora da meta, o déficit central ficou em -0,1%, dentro do intervalo de -0,25%.
No mercado de trabalho, a taxa de desemprego encerrou 2024 em 6,2%, enquanto a massa salarial cresceu 7,4% ao ano. Apesar disso, o CAGED revelou um saldo líquido negativo de 535,5 mil empregos em novembro. Nos próximos dias, o mercado acompanhará a ata do Copom, a produção industrial e a balança comercial do Brasil, além de dados econômicos do Chile e da Colômbia.
O estudo foi feito por Maurício Une, que ocupa o cargo de economista-chefe do banco na América do Sul e Renan Alves, que é macroeconomista do Rabobank Brasil.
