Mercado de trigo segue lento no Sul do Brasil
No Paraná, a movimentação também segue lenta
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De acordo com a TF Agroeconômica, os preços do trigo no porto do Rio Grande do Sul continuam estáveis no mercado spot e futuro, equivalentes a R$ 79,10/saca. Uma trading já oferta cotações para trigo milling, posto Rio Grande, com entrega entre novembro e dezembro e pagamento em janeiro, a R$ 79,18/saca. Apesar disso, os negócios seguem lentos, pois o estado ainda possui grande disponibilidade de 1,15 milhão de toneladas, o que mantém os moinhos confortáveis. A demanda externa segue fraca, limitando novas altas, enquanto moinhos locais já fecharam posições para março e avançam lentamente nas compras para abril.
No mercado de Santa Catarina, a comercialização também está travada, prejudicada pela baixa demanda por farinha. Os preços FOB são oferecidos a R$ 1.400/t, mas há muitas ofertas do Rio Grande do Sul a R$ 1.300/t. Com o frete e ICMS, o valor chega a R$ 1.600/t no leste catarinense. O preço da pedra permaneceu estável pela quinta semana consecutiva na maioria das praças, com destaque para a alta em Rio do Sul, que atingiu R$ 77,00/saca, e a queda em São Miguel do Oeste para R$ 72,00/saca.
No Paraná, a movimentação também segue lenta. Cerealistas e cooperativas estão focados no recebimento da safra de milho e soja, deixando o trigo em segundo plano. Quem precisava vender já o fez, enquanto os demais esperam preços melhores. As ofertas subiram para R$ 1.450/t, com alguns pedindo até R$ 1.550/t FOB, mas a disponibilidade do estado é reduzida, não devendo ultrapassar 200 mil toneladas. O trigo importado da Argentina chega ao Oeste do estado por R$ 1.590/t, enquanto os preços da pedra tiveram leve alta de 0,02%, alcançando R$ 72,87/saca.