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Crise hídrica prejudica bovinos e mercado de reposição

Estiagem impacta bovinocultura de corte no Rio Grande do Sul



Foto: Canva

Segundo o Boletim Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (13), a bovinocultura de corte no Rio Grande do Sul enfrenta um cenário desafiador devido à irregularidade das chuvas. Enquanto a Metade Leste apresenta condições mais favoráveis, com rebanhos em bom estado corporal, a Metade Oeste sofre com os efeitos da estiagem, especialmente na Fronteira Oeste, onde os pecuaristas lidam com superlotação das pastagens e dificuldade na comercialização para os frigoríficos.

O avanço da situação de emergência em diversos municípios tem impactado também o mercado de reposição, reduzindo as transações comerciais. Nos diagnósticos reprodutivos, foram constatados baixas taxas de concepção, especialmente entre matrizes prenhes ou em início do entoure, o que pode resultar em uma queda na safra de terneiros.

Na região de Bagé, a situação é crítica, com relatos de mortalidade de animais e abortos devido à escassez de água e alimento. Já em Alegrete, um frigorífico suspendeu os abates e concedeu férias coletivas aos funcionários. Em Passo Fundo e Pelotas, o mercado segue aquecido, com alta nos preços do gado gordo. Em Porto Alegre, apesar da estiagem impactar o estado nutricional e sanitário dos rebanhos, a comercialização segue ativa, com preços favoráveis.

O levantamento semanal da Emater/RS-Ascar indicou uma queda de 0,55% no preço médio do boi, passando de R$ 10,84 para R$ 10,78/kg vivo. Já a vaca para o abate teve um aumento de 1,04%, subindo de R$ 9,63 para R$ 9,73/kg vivo.

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