Pastagens se recuperam, mas custo de insumos preocupa
Chuvas favorecem pastagens, mas desafios persistem
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De acordo com dados do boletim da Emater/RS-Ascar divulgado na quinta-feira (27), as chuvas recentes impulsionaram a recuperação e o crescimento das pastagens no Rio Grande do Sul, proporcionando melhor oferta de forragem para os rebanhos. Apesar da melhora, restrições persistem devido à falta de água em algumas áreas e às condições extremas de temperatura e umidade.Com a aproximação do outono, produtores já planejam o plantio de forrageiras de inverno, mas enfrentam desafios com o alto custo de sementes e insumos.
Na região de Bagé, as chuvas em Caçapava do Sul e São Gabriel favoreceram a rebrota do campo nativo e o desenvolvimento das pastagens cultivadas. Além disso, os produtores realizam manejo de áreas impróprias e controle de plantas invasoras.
Em Caxias do Sul, o clima favorável impulsionou a produção de forragem de alta qualidade, com plantio de forrageiras de inverno programado para março, priorizando espécies de alto rendimento nutricional.
Na região de Erechim, os campos nativos se recuperaram com as chuvas, mas as pastagens anuais de verão ainda sentem os impactos da estiagem. Situação semelhante ocorre em Frederico Westphalen, onde espécies perenes demonstram maior capacidade de rebrote, com produtores recorrendo à adubação nitrogenada e uso de dejetos suínos para estimular o crescimento.
Em Ijuí, a umidade do solo favorece o desenvolvimento das forrageiras em algumas localidades, como Três Passos e Tenente Portela, mas em outras áreas a estiagem ainda prejudica a produção.
Na região de Passo Fundo, o crescimento das pastagens está lento, reduzindo a disponibilidade de forragem. Em Pelotas, os produtores já iniciam o planejamento e aquisição de insumos para pastagens de inverno.
Já em Porto Alegre, a ocorrência de chuvas permitiu a adubação de cobertura das pastagens cultivadas. Em Santa Maria, a umidade do solo foi restabelecida, favorecendo o plantio e crescimento das pastagens, mas a oferta de forragem ainda é limitada, afetando a nutrição dos rebanhos.
Na região de Santa Rosa, a produção de forragem em pastagens perenes e nativas se mantém razoável, mas tem sido necessário aumentar o intervalo entre os pastoreios e fornecer silagem ou feno para evitar perdas produtivas e manter o escore corporal dos animais.
Em Soledade, as pastagens perenes e de potreiros seguem com produção razoável, mas as anuais de verão já apresentam queda na produtividade, tanto em quantidade quanto em qualidade, devido ao final do ciclo.