Mais uma queda para o trigo em Chicago
O mercado de trigo foi pressionado pela escalada das tensões comerciais globais

O trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) registrou uma queda pelo sétimo dia consecutivo, conforme informações da TF Agroeconômica. O contrato de março do trigo brando SRW de Chicago fechou em baixa de -2,54%, a US$ 518,50 por bushel, enquanto o trigo duro HRW de Kansas também caiu -2,47%, a US$ 534,00 por bushel. A baixa generalizada se estendeu ao trigo HRS de Minneapolis, que recuou -2,00%, e ao trigo para moagem da Euronext de Paris, com uma queda de -0,57%, a €216,25.
“O trigo, negociado nas bolsas americanas, fechou em baixa nesta terça-feira. As cotações do cereal completaram o sétimo dia consecutivo em queda. Assim como aconteceu com a soja e o milho, grandes fundos de investimento prolongaram a liquidação de contratos e voltaram a ser os propulsores da tendência negativa”, comenta.
O mercado de trigo foi pressionado pela escalada das tensões comerciais globais. O anúncio das tarifas impostas pelos EUA ao México, Canadá e China afetou diretamente os preços, com grandes fundos de investimento liderando a liquidação de contratos. O México, maior comprador de trigo dos Estados Unidos, é particularmente vulnerável às tarifas, com o governo dos EUA impondo uma tarifa de 25% sobre suas importações, além de uma taxa de 20% sobre a China. A resposta do México está prevista para este domingo, enquanto o Canadá já anunciou tarifas adicionais de 25% sobre produtos americanos.
Essas tarifas podem resultar em um impacto prolongado nos preços do trigo, especialmente com o governo chinês impondo tarifas de 10% sobre soja, sorgo e outros produtos, além de uma taxa de 15% sobre trigo, milho e algodão a partir de 10 de março. A instabilidade do mercado de trigo reflete as incertezas econômicas e a possibilidade de uma guerra comercial global.