Mercados agrícolas: Soja em baixa, milho e trigo em alta
O trigo registrou uma alta de 7,25 pontos em Chicago

A TF Agroeconômica, em sua edição de 10 de março de 2025, destacou as tendências iniciais do mercado agrícola, com uma perspectiva de baixa nos preços da soja e uma leve alta no milho e trigo. Em Chicago, a soja foi negociada a US$ 1021,25, registrando queda de 3,75 pontos, influenciada pela recessão temida devido à cruzada tarifária do governo Trump e pela entrada em vigor da retaliação chinesa, com tarifa de 10% sobre a soja americana.
“Além desse contexto de incertezas, o mercado também está pressionado pela entrada em vigor hoje da retaliação chinesa à soja americana, com tarifa de 10% em resposta às tarifas de 20% que tributam a entrada de produtos chineses nos Estados Unidos e pelo rápido andamento da colheita no Brasil, que continua despejando volumes abundantes de novos grãos no circuito comercial”, comenta.
O milho, por outro lado, apresentou um pequeno aumento no mercado de Chicago, cotado a US$ 470,00, com uma leve valorização após o adiamento das tarifas sobre produtos importados do México e Canadá até 2 de abril, aliviando as tensões no setor. “Neste caso, devido à retaliação da China às tarifas impostas por Trump, a partir de hoje o milho americano deverá pagar uma tarifa de 15% para ser descarregado nos portos chineses”, completa.
O trigo registrou uma alta de 7,25 pontos em Chicago, sendo negociado a US$ 558,50. A valorização é impulsionada pelas compras dos Fundos de Investimento e pela desvalorização do dólar frente ao euro, que aumentou a competitividade das exportações dos EUA. O acordo com o México, maior importador de trigo americano, que adiou as tarifas até 2 de abril, também trouxe alívio para o mercado. “O acordo com o México, principal destino do trigo dos EUA, para adiar as tarifas até 2 de abril proporciona algum alívio aos comerciantes”, conclui.