Mercado de milho: Hora de fixar preços
O relatório de exportação do USDA também revelou vendas abaixo do esperado
Segundo informações da TF Agroeconômica, os mercados de milho estão em um momento estratégico, permitindo aos produtores fixarem preços para uma parte da próxima safra com margens de lucro em torno de 6,35%. A recomendação é realizar essas operações na Bolsa de São Paulo, evitando o mercado físico para reduzir riscos jurídicos e financeiros, especialmente em caso de quebras de safra. Caso os produtores precisem de auxílio técnico para essas negociações, a TF Agroeconômica oferece suporte no passo a passo.
Entre os fatores de alta, destaca-se a forte disputa interna no Brasil entre indústrias de carnes e exportadores, elevando os preços devido à menor oferta de grãos. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu os estoques finais mundiais para a safra 2024 em 3,82%, enquanto a Conab ajustou ligeiramente a estimativa da produção brasileira para 119,63 milhões de toneladas. Apesar disso, a exportação estimada pelo Brasil permanece em 34 milhões de toneladas, muito abaixo das 48 milhões previstas pelo USDA.
Por outro lado, os fatores de baixa do milho incluem boas condições climáticas para as safras no Brasil, estoques finais 11,37% superiores à temporada passada e um avanço significativo no plantio de milho na Argentina, que já atingiu 55,6%. O relatório de exportação do USDA também revelou vendas abaixo do esperado, enquanto o aumento da produção chinesa para um recorde de 294,92 milhões de toneladas reforça a oferta global. No Brasil, a desvalorização do real frente ao dólar e o início da colheita no Rio Grande do Sul também adicionam pressão de baixa.