Mercado de feijão enfrenta desafios com estoques elevados
Atualmente, o feijão-carioca está sendo colhido no Paraná
Segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), o mercado de feijão manteve vendas abaixo do esperado durante a última semana. A tradicional máxima do setor, “o feijão que não foi consumido ontem não será consumido em dobro hoje”, reflete bem a situação atual. Isso tem levado produtores que colhem feijão-carioca de qualidade inferior ou que ainda possuem estoques a liquidarem seus produtos a qualquer preço, em busca de minimizar prejuízos.
Atualmente, o feijão-carioca está sendo colhido no Paraná, além de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, referentes à segunda safra deste ano. No entanto, a demanda continua retraída, agravada pela sazonal redução no consumo entre setembro e novembro. De acordo com cálculos da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), os estoques de passagem registraram um aumento expressivo, atingindo um patamar 93% superior ao mesmo período do ano anterior.
Outro fator que pressiona o mercado é a previsão de que cerca de 30% da primeira safra de 2025 seja colhida já em janeiro, intensificando a oferta nos primeiros meses do ano. Diante desse cenário, será necessário um aumento significativo no consumo para evitar que, em março de 2025, os estoques de feijão superem os níveis registrados no mesmo mês de 2024.
Com os desafios impostos pelo excesso de oferta e a lentidão nas vendas, o setor segue atento à necessidade de estratégias que estimulem a demanda e promovam o equilíbrio do mercado nos próximos meses. As informações foram divulgadas no encerramento da semana.