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Transformação da balança comercial de Sergipe

Trigo e adubos estão em destaque



Rosário do Catete e Aracaju lideravam as importações, com US$ 54,9 milhões (31,8 em adubos) e US$ 52,4 milhões (27,4 em trigo) Rosário do Catete e Aracaju lideravam as importações, com US$ 54,9 milhões (31,8 em adubos) e US$ 52,4 milhões (27,4 em trigo) - Foto: Divulgação

De acordo com dados analisados por Lucas Menezes, bacharel em Economia, a balança comercial de Sergipe passou por mudanças significativas nos últimos dez anos. Em 2014, o município de Estância era o destaque absoluto nas exportações, com mais de US$ 55 milhões negociados, sendo US$ 46,9 milhões apenas em sumos de frutas. 

Na outra ponta, Rosário do Catete e Aracaju lideravam as importações, com US$ 54,9 milhões (31,8 em adubos) e US$ 52,4 milhões (27,4 em trigo), respectivamente. O saldo comercial do Estado refletia essa concentração: Estância acumulava superávit de US$ 48 milhões, enquanto Rosário do Catete e Aracaju enfrentavam déficits superiores a US$ 50 milhões.

Já em 2024, observa-se um processo de interiorização e diversificação das atividades de comércio exterior. O protagonismo das exportações migrou para Japaratuba, que lidera com impressionantes US$ 292 milhões — exclusivamente em petróleo. Estância mantém relevância, agora com US$ 140 milhões, sendo US$ 113 milhões novamente em sumo de frutas, mantendo sua vocação agrícola-industrial.

No campo das importações, os municípios que mais se destacaram foram Barra dos Coqueiros, com US$ 156 milhões (principalmente em gás), e Maruim, com US$ 61,9 milhões (essencialmente em adubos). Essa mudança revela novas dinâmicas de consumo e abastecimento energético e agrícola, refletindo também o avanço da logística e da infraestrutura no estado.

Com isso, a balança comercial de Sergipe em 2024 evidencia um novo cenário. Japaratuba lidera com saldo positivo de US$ 269 milhões, reforçando o impacto do setor de petróleo na economia estadual. Em contrapartida, Barra dos Coqueiros apresentou o maior déficit, com US$ 156 milhões negativos, resultado de seu alto volume importador. As mudanças apontam para uma descentralização das atividades econômicas e o fortalecimento de novas cadeias produtivas em diferentes regiões sergipanas.
 

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