Siga vendendo a soja: Consultoria
Entre os fatores de alta destacados, estão a valorização do óleo de soja na CBOT

Segundo relatório da TF Agroeconômica, a orientação para a safra atual é seguir vendendo o que resta da produção, aproveitando os lucros que o mercado ainda proporciona. Para a próxima safra, a recomendação é dupla: não vender físico antecipadamente, para evitar problemas em caso de frustração de safra, como ocorreu no Rio Grande do Sul, e optar pela fixação de preços em Chicago ou na B3, aproveitando a possibilidade de lucros ao redor de 30%.
Entre os fatores de alta destacados, estão a valorização do óleo de soja na CBOT, impulsionada pelo aumento da mistura obrigatória de biodiesel; a queda nos estoques de óleo nos EUA e no Brasil; a valorização do real frente ao dólar, e o rápido avanço no plantio de milho nos Estados Unidos, que reduziu o risco de migração de áreas para a soja. Esses fatores sustentam preços mais firmes no mercado internacional, favorecendo produtores que conseguirem travar bons preços.
Por outro lado, a TF Agroeconômica alerta para fatores de baixa que podem pressionar o mercado. Entre eles, a recente queda no petróleo, impactando o óleo de soja; o agravamento da guerra comercial entre EUA e China; o aumento da produção de oleaginosas na Europa, que poderá reduzir as importações de soja; e a valorização do real, que já diminuiu em cerca de R$ 2,63 por saca o ganho do produtor brasileiro desde janeiro.
Além disso, a ampla disponibilidade de soja no Brasil, com uma colheita cerca de 13 milhões de toneladas maior que a do ano anterior, também pesa sobre as cotações no curto prazo. Diante desse cenário volátil, a TF Agroeconômica reforça a importância de estratégias bem planejadas para comercialização, oferecendo suporte para os produtores que desejarem fixar preços futuros de maneira segura e eficiente.