Milho fecha semana em queda na B3 e em Chicago
Em Chicago, os contratos também encerraram em queda

Segundo a TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho encerraram a semana com desvalorização tanto na B3 quanto na bolsa de Chicago, influenciados pela queda do dólar (-1,14%) e pelo recuo nas cotações internacionais (-1,63%). O vencimento de maio/25 na B3 caiu R$ 0,12 no dia, fechando a R$ 76,90, acumulando perda semanal de R$ 3,67. Julho/25 recuou para R$ 70,58 (-R$ 1,90 na semana) e setembro/25 caiu para R$ 70,84 (-R$ 1,36 na semana).
Além do cenário cambial e da pressão externa, o mercado doméstico enfrentou aumento na oferta interna, devido à menor atratividade das exportações diante da paridade desfavorável, o que forçou queda nos preços físicos. De acordo com o Cepea, o milho no mercado físico teve retração semanal de -2,43%, reflexo também da boa previsão climática para a safrinha e da baixa demanda externa.
Em Chicago, os contratos também encerraram em queda, com o vencimento de maio recuando -2,00% para US$ 482,25/bushel. A liquidação de contratos antes do feriado prolongado e a previsão de chuvas nas regiões produtoras nos EUA contribuíram para o movimento de baixa. A guerra tarifária entre países ainda gera incertezas e cautela entre os investidores.
“A força ao longo do dia veio dos dados de vendas externas do milho, que continua demonstrado sinais de forte demanda. Robustas 1.561.900 toneladas foram negociadas para a safra 24/25, no entanto as 10.000 toneladas para 25/26 demostram o receio do mercado para as negociações futuras. Com isso o milho fechou o acumulado da semana em baixa de -1,63% ou $ -6,75 cents/bushel”, conclui.