Programa leva internet a 5 mil produtores

A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) liderará um grupo de trabalho destinado a ampliar a conectividade no campo, uma iniciativa crucial para o desenvolvimento do setor. O grupo contará com a participação de representantes da área pública e do setor privado, incluindo indústrias de máquinas e implementos agrícolas, cooperativas, produtores rurais, companhias telefônicas, entidades do setor e membros de instituições do governo paulista. 

Juntos, eles integrarão o Programa de Conectividade Rural, com o objetivo de beneficiar cinco mil produtores rurais, além de comunidades indígenas e quilombolas, garantindo-lhes acesso à conectividade. Esta é uma medida essencial para a adoção de novas tecnologias que impulsionem a produtividade e a eficiência, ao mesmo tempo que abrem oportunidades e oferecem novos conhecimentos que podem melhorar significativamente a qualidade de vida dessas populações.

O Programa de Conectividade Rural contará com uma verba inicial de R$ 600 milhões, que será utilizada na instalação de antenas ao longo dos próximos quatro anos. Os locais a serem beneficiados com a nova tecnologia serão selecionados com base em estudos econômicos e sociais, garantindo que as áreas mais necessitadas sejam priorizadas. Para mapear as regiões sem conectividade, conhecidas como “área de sombra”, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de São Paulo, por meio do Programa Rotas Rurais, realizou um levantamento detalhado. Esse estudo revelou que aproximadamente 70% da área rural do estado ainda está sem acesso à internet, o que evidencia a urgência dessa iniciativa.

A expectativa é que o Programa de Conectividade Rural receba, ainda, o apoio de prefeituras e concessionárias, acelerando o processo de expansão da conectividade no campo. Com isso, os produtores rurais terão mais oportunidades de digitalizar e modernizar seus processos produtivos, promovendo o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade no setor. A conectividade no campo não apenas impulsionará a produtividade, mas também contribuirá para a inclusão digital e o bem-estar das comunidades rurais, abrindo portas para um futuro mais promissor.