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Déficit hídrico: o que esperar para abril, maio e junho?

INMET alerta para déficit hídrico em áreas agrícolas do Brasil



Foto: Pixabay

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apresentou na última sexta-feira (25), o prognóstico agroclimático para os meses de abril, maio e junho/2025. A análise aponta para a concentração de déficits hídricos em diversas áreas agrícolas do Brasil durante o mês de abril de 2025. O estudo, divulgado com o objetivo de fornecer informações para os cultivos anuais, simulou o balanço hídrico considerando uma Capacidade de Água Disponível no solo (CAD) de 100 mm, representativa das raízes de culturas como soja, milho e algodão, além de pastagens.

Segundo o INMET, "os maiores déficits hídricos previstos para abril/2025 concentram-se no norte do Estado de Roraima, parte central da Região Nordeste, norte de Minas Gerais, oeste do Mato Grosso do Sul e sudoeste do Mato Grosso". O instituto adverte que "valores inferiores a 30% indicam que os cultivos em fases sensíveis, como germinação, florescimento e início do enchimento de grãos, podem ter a produtividade comprometida, especialmente se essa condição for mantida por 30 dias".

O INMET destaca a situação em Roraima, onde "o armazenamento em Abril/2025 foi estimado abaixo de 10%, justamente em áreas onde está se consolidando o polo agrícola do estado, especialmente soja, milho e arroz".

Para o mês de maio de 2025, a previsão do INMET é de uma "tendência de ampliação das áreas com escassez hídrica para os cultivos agrícolas". Na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o instituto estima que "a previsão de défict hídrico e baixo armazenamento de água no solo, tornam as condições favoráveis para colheita do milho de primeira safra".

Contudo, o INMET alerta que "a previsão de déficit hidríco para maio/2025 no MATOPIBA pode prejudicar o cultivo do milho segunda safra, que estarão em fase de floração, quando a planta apresenta maior demanda hídrica". Sob essas condições de baixo armazenamento hídrico no solo, "especialmente abaixo de 40%", o instituto sugere que "a alternativa de mitigação seria adotar onde aplicável estratégias de irrigação durante o mês de maio, afim de garantir a manutenção do potencial produtivo".

Para junho de 2025, o INMET prevê que "à medida que o outono se aproxima do fim, o volume de chuva normalmente diminui na parte central do Brasil, o que contribuirá para a ampliação das áreas com deficiência hídrica no solo". O instituto associa diretamente essa escassez de chuvas aos "baixos percentuais de armazenamento de água no solo".

Em contraste, o INMET aponta que "no extremo norte do país, na faixa litorânea da Região Nordeste, bem como em grande parte da Região Sul, estão previstos excedentes hídricos, com níveis satisfatórios de armazenamento de água no solo".

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