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Milho: safra 24/25 nos EUA pode ser a maior já registrada

Já a área plantada com milho na safra 2024/2025 deve sofrer uma redução


Foto: USDA

A produção de milho nos Estados Unidos está prestes a alcançar novos recordes, beneficiando-se de condições climáticas extremamente favoráveis. Segundo dados da consultoria Celeres, a safra 2024/2025 tem potencial para ser a mais produtiva já registrada no país. Os principais estados produtores de milho nos EUA estão com 72% de suas lavouras em condições ótimas (excelente + bom). Essa situação favorável leva o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a estimar uma produtividade média de 11,4 toneladas por hectare (Mt/ha), um aumento de 2,1% em relação à safra 2023/2024.

No entanto, a área plantada com milho na safra 2024/2025 deve sofrer uma redução de 5% em comparação ao ciclo anterior, resultando em uma produção estimada de 377,5 milhões de toneladas (MMt), 3,1% menor que a safra passada, a maior já registrada. A diminuição da área plantada se deve à expectativa de maior rentabilidade com a soja e o algodão, que competem por espaço em estados como Carolina do Norte, Tennessee, Texas e Missouri.

Os Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores de milho do mundo, competindo de perto com o Brasil, que inclusive superou os EUA na safra 2022/2023. Historicamente, as condições de oferta e demanda nos EUA têm um impacto significativo na cotação do milho no mercado global, especialmente no segundo semestre.

No ciclo 2023/2024, a relação estoque/consumo de milho nos EUA foi de 16%, com a cotação média em Chicago no segundo semestre ficando em US$ 4,87 por bushel (bu). Para a safra 2024/2025, o USDA projeta uma relação estoque/consumo próxima de 17%, com preços médios futuros para o próximo semestre em torno de US$ 4,33/bu, uma queda de 11% em relação à média do ano anterior.

Para os produtores brasileiros de milho, o cenário internacional não indica altas nos preços. Com uma boa safra de inverno se mantendo estável, os preços internos tendem a permanecer estáveis ou até mesmo cair, dependendo principalmente da manutenção da taxa de câmbio.

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