Seca na Índia reduz safra e eleva preço do açúcar no mercado
Mercado interno segue trajetória de queda
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De acordo com dados divulgados pela Udop, a seca severa que atinge a Índia, segundo maior produtor mundial de cana-de-açúcar, continua pressionando as cotações do açúcar nas bolsas internacionais. A estiagem pode comprometer a reta final da colheita, reduzindo a oferta global da commodity.
Na ICE de Nova York, o contrato março/25 fechou ontem em 20,69 centavos de dólar por libra-peso, uma valorização de 17 pontos em relação ao dia anterior. O contrato maio/25 subiu 23 pontos, sendo negociado a 19,39 cts/lb, enquanto os demais lotes valorizaram entre 8 e 21 pontos.
Já na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também registrou alta em todos os contratos. O maio/25 fechou em US$ 547,60 por tonelada, um avanço de 1,1% no comparativo diário. O contrato agosto/25 subiu para US$ 528,70 por tonelada, com elevação de 5,50 dólares.
No Brasil, o Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrou queda pelo sétimo dia consecutivo. A saca de 50 kg foi negociada ontem a R$ 139,24, contra R$ 142,09 na terça-feira, uma redução de 2,01%.
O etanol hidratado também teve recuo. Segundo o Indicador Diário Paulínia, o biocombustível foi comercializado a R$ 2.942,00 por m³, uma leve queda de 0,34% em relação ao dia anterior. Enquanto a escassez na Índia impulsiona os preços internacionais, o mercado interno segue pressionado por oferta e demanda, mantendo a tendência de desvalorização no curto prazo, conforme informado pelo Udop.