Peixes não convencionais ganham espaço na Semana Santa
SP incentiva consumo de peixes regionais na Páscoa

Com a proximidade da Semana Santa, cresce a procura por pescado nas feiras e mercados do país. Embora espécies como salmão e bacalhau concentrem a atenção dos consumidores, uma outra categoria de peixes, conhecida como Penacos – Peixes Não Convencionais –, tem despertado o interesse de especialistas e consumidores em busca de alternativas econômicas e nutritivas.
Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, os Penacos são espécies tradicionalmente consumidas por comunidades ribeirinhas e pescadores artesanais, mas com menor valor comercial nos grandes centros. “Valorizar o consumo dos Penacos é também uma forma de respeitar a sazonalidade das espécies, apoiar a produção local e diversificar a alimentação”, afirmou o Instituto de Pesca (IP-Apta), órgão ligado à Secretaria.
O Instituto destaca que essas espécies oferecem boa concentração de proteínas, além de serem fonte de ômega-3, o que contribui para uma alimentação equilibrada. “Esses peixes possuem ótimo valor nutricional e preço mais acessível — o que os torna uma excelente alternativa para quem deseja manter a tradição de consumir pescado na Semana Santa sem comprometer o orçamento”, apontou a equipe técnica do IP.
Capturados principalmente por meio da pesca artesanal em rios, represas, estuários e no mar, os Penacos também se destacam pela versatilidade culinária. Espécies como betara, carapau, palombeta, acará e mandi são exemplos de peixes que podem ser preparados assados, fritos, cozidos ou em pratos tradicionais como moquecas e caldeiradas.
O Instituto de Pesca também ressalta que valorizar essas espécies significa apoiar a produção local, respeitar a sazonalidade da pesca e contribuir para a sustentabilidade da cadeia produtiva. “Na hora de escolher o pescado, é importante ficar atento à procedência e às boas práticas de conservação, garantindo qualidade e segurança alimentar”, orienta o órgão.
O Instituto de Pesca é vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e tem como missão desenvolver soluções científicas e tecnológicas voltadas ao setor pesqueiro e aquícola.