Falta de chuvas compromete plantio da soja

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS, divulgado nesta quinta-feira (6), a estiagem continua impactando a produção de soja na Fronteira Oeste e Campanha do Rio Grande do Sul. A falta de chuvas comprometeu áreas semeadas, impediu novos plantios e causou danos severos às lavouras em diversas regiões.

Em Alegrete, estima-se que 5 mil hectares não serão semeados devido à falta de umidade. Além disso, muitas áreas já cultivadas apresentam baixo estande de plantas, comprometendo o potencial produtivo.

No município de Manoel Viana, o plantio foi concluído após as chuvas de 24 de janeiro, mas o solo voltou a perder umidade rapidamente. Com previsões climáticas desfavoráveis, há riscos de prejuízos adicionais para os produtores.

Por outro lado, em São Borja, as lavouras tiveram uma leve recuperação após chuvas recentes e aplicações de fertilizantes foliares e bioinsumos, que ajudaram a mitigar o estresse hídrico e estimular o crescimento das plantas.

Na Campanha, a situação permanece preocupante. Embora algumas chuvas irregulares tenham beneficiado áreas isoladas, as lavouras de soja  continuam com porte abaixo do esperado e entrelinhas parcialmente fechadas, inclusive nas áreas em floração. Em locais onde o acumulado de janeiro não ultrapassou 20 mm, a seca tem causado danos severos, resultando em plantas murchas, queimadas pelo sol e até morte em reboleiras.

Já em Hulha Negra, a semeadura segue paralisada pela falta de chuvas, sem previsão de retomada. A continuidade do clima seco e as previsões de baixa umidade seguem sendo fatores de risco para a produção agrícola da região.