Milho cai em Chicago com temor de tarifas
O temor é que eventuais restrições comerciais prejudiquem as exportações dos EUA

O mercado de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) registrou queda significativa nesta segunda-feira (04), com os temores sobre tarifas comerciais superando a boa demanda pelo grão. Segundo a TF Agroeconômica, a cotação de março, referência para a safra de verão brasileira, encerrou com desvalorização de 2,92% ou 13,25 cents/bushel, a US$ 440,25. O contrato para maio também recuou 2,82%, cotado a US$ 456,25 por bushel.
O movimento de baixa foi impulsionado pela falta de avanços nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e seus principais parceiros. Até o momento, não houve indicações de que o ex-presidente Donald Trump possa rever a imposição de novas tarifas, o que aumentou a incerteza sobre o comércio do milho com Canadá e México, os maiores compradores do grão americano e seus derivados.
Mesmo com sinais de forte demanda, o mercado de milho não resistiu à pressão das incertezas tarifárias. O temor é que eventuais restrições comerciais prejudiquem as exportações dos EUA, em um momento em que o Departamento de Agricultura do país (USDA) projeta aumento de área plantada, produtividade, produção e estoques para a safra 2025/26.
“As inspeções de exportação de milho aumentaram moderadamente na semana até 27 de fevereiro, registrando um volume de 1.351 mil tons. Isso também estava no limite superior das estimativas dos analistas, que variavam entre 950 e 1,400 mil tons. O México foi o destino número 1, com 416,56 mil tons. Os totais acumulados para o ano comercial de 2024/25 permanecem visivelmente acima do ritmo do ano passado, após atingir 27,25 milhões de toneladas”, conclui.