Milho: chuvas amenizam impacto da estiagem
Algumas lavouras já contabilizam prejuízos no estado
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (28) pela Emater/RS-Ascar, o plantio do milho na safra 2024/2025 no Rio Grande do Sul avançou apenas 4% na última semana, alcançando 88% da área projetada. As lavouras estão divididas entre os estágios de desenvolvimento vegetativo (42%), florescimento (27%) e enchimento de grãos (31%).
A ocorrência de chuvas entre os dias 19 e 20 de novembro contribuiu para elevar os níveis de umidade do solo em algumas regiões, especialmente onde os volumes pluviométricos foram mais significativos. Nas áreas irrigadas, o potencial produtivo permanece elevado, impulsionado por alta radiação solar durante o dia e temperaturas mais amenas à noite.
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No entanto, a escassez hídrica em novembro trouxe prejuízos consideráveis às lavouras de sequeiro, especialmente nas regiões Noroeste e Centro do estado. Sintomas como enrolamento de folhas, senescência e secamento dos pendões foram observados. Em algumas áreas, as perdas já são consolidadas, e a continuidade desse cenário pode aumentar a procura por seguros agrícolas e Proagro.
Os tratos culturais variaram de acordo com o estágio das lavouras. Em áreas em germinação ou desenvolvimento vegetativo, os produtores investiram em adubação nitrogenada e controle de plantas daninhas. A aplicação de defensivos foi realizada apenas em casos monitorados de necessidade.
Para a safra atual, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, com produtividade média projetada de 7.116 kg/ha.
No âmbito comercial, o preço médio da saca de 60 kg do milho apresentou leve alta de 0,04%, passando de R$ 68,14 para R$ 68,17 na comparação semanal.