Clima impacta produção de pêssegos no Rio Grande do Sul
Baixa incidência de pragas favorece colheita em regiões do estado
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (28), a colheita do pêssego segue em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul, com resultados distintos conforme a região e as condições climáticas enfrentadas ao longo do ciclo. As variedades de ciclo médio estão em destaque, enquanto o manejo adequado tem sido essencial para manter a sanidade e o vigor dos pomares.
Na região de Caxias do Sul, a colheita das variedades precoces foi concluída, e as de ciclo médio, como Chimarrita e BRS Fascínio, ganham intensidade, apesar de uma maturação desuniforme causada por floração prolongada e temperaturas baixas. As variedades tardias, como Eragil e Chiripá, seguem em crescimento pós-raleio, com boa carga de frutos e baixos índices de pragas, como a mosca-das-frutas. O preço por calibre varia de R$ 1,50/kg a R$ 6,00/kg.
Em Pelotas, a abertura oficial da colheita aconteceu em 21 de novembro, seguida pela Feira Municipal do Pêssego no Mercado Público. A região enfrenta alta incidência de bacteriose e podridão-parda devido ao excesso de chuva, elevando as demandas por Proagro. O preço de referência foi fixado em R$ 2,50/kg para frutos tipo I e R$ 2,20/kg para tipo II.
As variedades precoces estão sendo colhidas com boa sanidade, mas os preços caíram, ficando entre R$ 3,50 e R$ 4,00/kg. Mais de 80% dos pomares, com variedades como Kampai e Eragil, estão na fase final de formação de frutos, mantendo o potencial produtivo adequado.
Em São Vicente do Sul, na região de Santa Maria, a produção é razoável e atende às expectativas comerciais. Já em Soledade, as variedades de ciclo médio estão em colheita, com preços iniciais no mercado local chegando a R$ 12,00/kg.