Mercado de açúcar sofre nova queda internacional
Contratos futuros de açúcar fecharam mais um dia em baixa
Segundo a União Nacional da Bioenergia (Udop), os contratos futuros de açúcar fecharam mais um dia em baixa nas bolsas internacionais, impactados pela valorização do dólar frente ao real e pelas expectativas de que a Índia poderá exportar até 2 milhões de toneladas da commodity em 2025, caso o governo autorize. A proibição de exportações indianas, vigente desde a safra 2022/23, poderá ser flexibilizada diante de uma melhora na oferta doméstica.
O dólar registrou ontem um novo recorde, apesar de intervenções do governo brasileiro e do Banco Central. Analistas destacam que a alta da moeda norte-americana incentiva as usinas brasileiras a fixarem suas produções para exportação, ampliando a oferta global e pressionando os preços do açúcar.
Na safra 2022/23, a Índia, o segundo maior produtor mundial de açúcar depois do Brasil, interrompeu exportações pela primeira vez em sete anos devido à seca, que reduziu a produção de cana. O governo indiano prorrogou a proibição de exportações pela segunda temporada consecutiva, priorizando o mercado interno, já que o país também é o maior consumidor mundial da commodity.
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Na ICE Futures de Nova York, o contrato de açúcar bruto para março/25 recuou 19 pontos, sendo negociado a 19,65 centavos de dólar por libra-peso. O contrato para maio/25 caiu 25 pontos, fechando em 18,28 cts/lb. Outros vencimentos recuaram entre 11 e 22 pontos.
Já na ICE Futures Europe, de Londres, o açúcar branco também desvalorizou. O contrato de março/25 foi negociado a US$ 511,60 por tonelada, queda de US$ 3,40. O vencimento maio/25 recuou US$ 4,20, sendo comercializado a US$ 512,70 por tonelada.
Apesar das quedas internacionais, o mercado interno apresentou alta no preço do açúcar cristal. O Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrou um avanço de 0,45% no preço da saca de 50 kg, que foi comercializada a R$ 161,15, frente a R$ 160,43 no dia anterior, conforme o divulgado pela Udop.