Mercado de bioinsumos no México deve triplicar
México possui uma base científica importante para

Segundo projeções do Banco Mundial, o mercado global de bioinsumos deve dobrar até 2030, atingindo US$ 20 bilhões. No México, o setor acompanha esse ritmo e deve saltar dos atuais US$ 634 milhões para US$ 2 bilhões no mesmo período, impulsionado pelos benefícios agronômicos, ambientais e econômicos proporcionados pelos biofertilizantes e outros produtos biológicos.
Apesar de sua eficácia comprovada em cultivos como milho, trigo, frutas vermelhas e cana-de-açúcar, o uso de bioinsumos no país ainda enfrenta obstáculos, como a ausência de uma política pública sólida. A Biofábrica Siglo XXI, liderada por Marcel Morales Ibarra, atua há mais de duas décadas nesse campo e participa de testes com a FIRA (Agência do Banco do México), que comprovam ganhos de produtividade e redução de custos, como no caso da cana-de-açúcar em Morelos.
Nesse cenário, o México possui uma base científica importante para o desenvolvimento desses produtos, desde a criação, em 1980, do Centro de Pesquisas em Fixação de Nitrogênio da UNAM, até programas governamentais como o de biofertilização entre 1998 e 2000, que perdeu força após mudanças políticas. Morales defende o fortalecimento de iniciativas que combinem crédito, assistência técnica e regulação clara para fomentar o uso desses insumos sustentáveis.
Com o país importando 80% dos fertilizantes químicos que consome, os bioinsumos surgem como alternativa estratégica para garantir não apenas produtividade agrícola, mas também maior soberania na produção de insumos e resiliência frente às flutuações do mercado internacional.