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Soja, milho e trigo: Devo vender?

Para o trigo, o mercado internacional ainda enfrenta altos estoques nos EUA



No milho, o contrato de março da CBOT fechou em US$ 4,7450/bushel (+4,0) No milho, o contrato de março da CBOT fechou em US$ 4,7450/bushel (+4,0) - Foto: Divulgação

De acordo com análise da TF Agroeconômica, os preços da soja seguem em recuperação no mercado internacional e brasileiro. Na CBOT, o contrato para janeiro fechou a US$ 10,22/bushel (+8,50), enquanto no mercado físico brasileiro, o Cepea registrou R$ 137,91/saca (+0,28% no dia). A redução nas estimativas de safra nos EUA, Brasil e Argentina favorece o mercado, que já havia precificado volumes superiores. Recomenda-se aproveitar as altas para garantir lucros, com vendas parciais da safra atual e futura.

“Pelo sim, pelo não, recomendamos vender uma parte da safra atual e da próxima, pois é uma lucratividade acima da média histórica. Pode subir mais, mas também pode cair e você terá perdido uma excelente oportunidade. Lembre-se que você não tem obrigação de acertar no pico dos preços do ano, mas, sim, de melhorar o percentual de sua lucratividade anual”, comenta.

No milho, o contrato de março da CBOT fechou em US$ 4,7450/bushel (+4,0), enquanto o Cepea registrou R$ 74,91/saca (+0,79% no dia). O mercado interno mostra sinais de disputa entre exportação e consumo interno. Apesar das altas, há resistência em níveis superiores a R$ 74,95/saca, com teto projetado em R$ 80/saca, devido à menor capacidade das indústrias de carne para absorver preços elevados.

“Resta saber até que ponto estas altas podem ir. Com os preços das carnes subindo menos (e até recuando, no caso do suíno) preços muito elevados do milho se tornam muito caros para a indústria, que passa a buscar alternativas para a composição das rações”, completa.

Para o trigo, o mercado internacional ainda enfrenta altos estoques nos EUA, mas a tendência é de recuperação a partir de abril. No Brasil, o preço no Paraná foi de R$ 1.399,17/saca (+0,42% no mês). Moinhos devem aproveitar o momento para compras físicas ou contratos futuros, enquanto cooperativas podem liberar estoques para dar espaço à nova safra, mantendo-se no mercado com contratos na CBOT.

“Se você é cerealista ou cooperativa apenas armazenadora, venda o trigo físico agora para fazer espaço, mas compre contratos na CBOT para continuar a participar das altas futuras que estão previstas para o mercado de trigo”, conclui.
 

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