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Safra de tabaco mantém bom desempenho, apesar da estiagem

Granizo atinge lavouras de tabaco, mas impacto é menor



Foto: Pixabay

Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quina-feira (20), a safra de tabaco 2024/2025 apresenta um desempenho superior aos ciclos anteriores no Rio Grande do Sul, impulsionada pela valorização do produto na última comercialização. A qualidade foliar também segue dentro dos padrões estabelecidos, refletindo um manejo adequado das lavouras.

No entanto, a estiagem no estado impactou cerca de 10 mil hectares e 3.500 propriedades, trazendo dificuldades econômicas para pequenos produtores e ameaçando a estabilidade da cadeia produtiva, que tem grande relevância socioeconômica.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a safra totaliza 27.363 hectares, cultivados por 8.977 produtores. A colheita já atingiu 85% da área cultivada e deve ser finalizada em março. No entanto, as altas temperaturas e a forte radiação solar aceleraram a maturação das folhas, comprometendo o planejamento da secagem nas estufas.

Além disso, granizo atingiu lavouras no município de Pelotas e em Amaral Ferrador, causando danos severos a áreas transplantadas mais tardiamente. Apesar disso, os prejuízos foram pontuais, já que a maior parte da colheita já foi realizada.

A comercialização do tabaco segue aquecida, e, com a valorização dos preços do tabaco seco, espera-se a intensificação do envio de cargas para as empresas fumageiras. Os preços praticados variam entre R$ 280,00 e R$ 350,00 por arroba.

Em Santa Rosa, onde a cultura é conduzida em pequenas propriedades, a colheita já foi concluída, e a produção atingiu os padrões esperados. Contudo, a intensa radiação solar e as temperaturas elevadas impactaram o processo de maturação das folhas nos galpões de cura. A comercialização está no início, com preço médio de R$ 253,50 por arroba.

Na região de Soledade, que inclui o Baixo Vale do Rio Pardo, a colheita também foi finalizada. Já nas áreas de maior altitude, como Centro-Serra e Alto da Serra do Botucaraí, a colheita está avançada, com 87% da área cultivada colhida.

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