Altas do milho seguem limitadas
Existem fatores de alta e fatores de baixa
De acordo com a TF Agroeconômica, o USDA alterou os fundamentos do mercado de milho, tornando as exportações mais competitivas e intensificando a disputa interna entre exportadores e indústrias de carnes pelos estoques no Brasil. Nesta sexta-feira, o preço do milho na B3 subiu 0,35%, enquanto no mercado físico houve aumento de 0,79%, indicando a possibilidade de novas altas. No entanto, os preços elevados podem encontrar resistência, especialmente devido aos menores aumentos nos preços das carnes e à busca por alternativas na composição de rações. O gráfico aponta resistência significativa em R$ 74,95/saca, com possibilidade de atingir R$ 75,10 ou R$ 77,10, mas dificilmente ultrapassando R$ 80,00/saca.
Entre os fatores de alta, destaca-se a redução da produção americana pelo USDA, que ajustou sua estimativa para 377,63 milhões de toneladas, inferior à expectativa do mercado. Além disso, os estoques finais dos EUA foram reduzidos para 39,12 milhões de toneladas, enquanto a demanda chinesa foi ajustada para 13 milhões de toneladas, abaixo das 23,41 milhões da safra anterior. O aumento nos preços do petróleo, que atingiram US$ 76,50 por barril, também impulsionou os preços do milho. No Brasil, a safra de verão trouxe alívio momentâneo, mas a alta na CBOT reacendeu a disputa entre exportadores e indústrias de
carnes.No entanto, existem fatores de baixa. As exportações semanais dos EUA diminuíram para 445 mil toneladas, o menor volume da temporada, marcando uma desaceleração em relação ao ritmo anterior. No Brasil, o elevado custo do milho para a indústria de carnes também pode limitar os preços, que caíram de R$ 77,10 para R$ 74,16 nos últimos dias, uma redução de 3,81%. Essa limitação nos preços reflete a dificuldade da indústria em absorver novos aumentos devido à pressão sobre os custos de produção.