Alta na demanda impulsiona preços da carne suína

Segundo dados do boletim "Agro em Dados" da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), o mercado de carne suína em Goiás tem experimentado uma recuperação considerável nos últimos meses. Após uma queda acentuada nos preços em janeiro de 2024 e uma leve recuperação em fevereiro, o mercado registrou estabilidade relativa. No entanto, nos últimos dois meses, as cotações têm subido, com altas expressivas no início de julho, impulsionadas pelo aumento da demanda doméstica, incluindo a industrial, e internacional.

Esse movimento de alta elevou os preços da carne suína para patamares acima dos registrados no mesmo período dos dois últimos anos. Em termos de insumos, a margem dos produtores foi beneficiada pelo aumento do poder de compra frente ao milho, cujo preço sofreu baixa. Entretanto, a valorização do farelo de soja, que subiu mais do que a carne no mesmo período, pressionou os custos de produção, conforme o informado pelo boletim.

De acordo com o Agro em Dados, comparando com outras carnes, houve um aumento nos preços médios mensais da carne suína e de frango, enquanto a carne bovina sofreu desvalorização. Essa situação reduziu a competitividade da suinocultura, uma vez que a demanda pela proteína suína aumentou na primeira metade de junho, elevando os preços para a maioria dos produtores.

No que se refere às exportações, o volume de carne suína exportado por Goiás continua crescendo no acumulado do ano, embora o valor total tenha recuado em comparação com o mesmo período do ano anterior. Informações do Ministério da Agricultura e Pecuária indicam a abertura do mercado chileno para vísceras comestíveis de aves, ruminantes e suínos, o que pode abrir novas oportunidades de mercado para os suinocultores goianos, gerando receitas adicionais e agregando valor aos produtos, conforme o boletim da Seapa.