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Criptoativos ganham espaço no agronegócio brasileiro

Parceria quer investir no setor



A relação entre o agronegócio e as tecnologias financeiras tem avançado rapidamente A relação entre o agronegócio e as tecnologias financeiras tem avançado rapidamente - Foto: Pixabay

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) firmou, na quarta-feira (13), um acordo de cooperação técnica com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), fortalecendo a integração do agronegócio brasileiro ao mercado financeiro. A parceria inclui a realização de ações educacionais, estudos conjuntos e seminários sobre temas como Fiagro, crowdfunding, certificados e criptoativos, como bitcoin, criptomoedas e tokens digitais. A iniciativa também busca capacitar os servidores da CVM em questões relacionadas ao setor agropecuário, ampliando o diálogo entre as áreas.

A relação entre o agronegócio e as tecnologias financeiras tem avançado rapidamente, especialmente com o uso de blockchain e tokens digitais. Essa tecnologia oferece aos produtores rurais uma alternativa para acessar crédito, muitas vezes difícil em instituições tradicionais. Por meio de tokens lastreados em commodities agrícolas, investidores podem financiar a produção e, em troca, receber ativos digitais vinculados à colheita futura, garantindo transparência e eficiência. O acordo com a SNA reforça o potencial de inovação no setor, sob a regulação da CVM, que garante segurança jurídica a essas operações.

O movimento acompanha tendências do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que desde 2020 explora o uso do blockchain. Em 2022, o MAPA chegou a buscar consultores especializados em criptomoedas para apoiar projetos futuros, sinalizando o interesse crescente do setor público em novas tecnologias financeiras.

“A aprovação dessa parceria com a SNA representa um passo importante para fortalecer a conexão entre o agronegócio e o mercado de capitais. Com o crescente interesse do setor em acessar novas fontes de financiamento, é essencial que avancemos em estudos e pesquisas que possibilitem políticas e normas mais adequadas às necessidades específicas do agronegócio“, disse em nota da CVM o Superintendente de Securitização e Agronegócio da CVM, Bruno Gomes.
 

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