Plataforma divulga pesquisa inédita sobre as expectativas do produtor rural em 2025
Saiba os os maiores desafios para quem vive o dia a dia do campo

Em um ano de incertezas e, ao mesmo tempo, otimismo para o agro, o Broto - plataforma de agro do Banco do Brasil - realizou o estudo inédito Expectativas do Produtor Rural para 2025. O levantamento mapeia percepções, comportamentos e tendências atuais na ótica de agricultores e pecuaristas. Dentre os principais pontos destacados estão prioridades de compra, critérios de seleção de fornecedores, canais de pesquisa e desafios futuros. A análise busca compreender como produtores rurais tomam decisões e quais fatores influenciam suas escolhas ao investir em novos produtos, maquinários e tecnologias.
“Com esse levantamento, além de todas as soluções que já disponibilizamos, passamos a prover dados e informações ao mercado em relação às movimentações e necessidades do produtor. Com isso, ajudamos instituições e empresas do setor a entenderem os comportamentos e insights para o seu planejamento estratégico e atuação no dia a dia”, comenta Alexsandro de Sousa Claudino, superintendente-executivo das áreas Comercial, Marketing e Sucesso do Cliente do Broto.
Um dos destaques são itens que os produtores pretendem adquirir nos próximos 6 meses: 51,03% planejam comprar insumos (fertilizantes, defensivos e sementes). Máquinas e implementos estão na lista de 41,38% dos respondentes. Soluções para manejo e pastagens vêm em seguida, com 30,34%. Na sequência, com 20% cada, aparecem tecnologias de agricultura de precisão e equipamentos de irrigação. Por fim, soluções para armazenagem estão no radar de 15,86% dos participantes.
O levantamento foi realizado por meio de um questionário online enviado a 105 mil produtores cadastrados na plataforma. Em relação à Receita Bruta Agropecuária Anual (RBA), 53,33% dos entrevistados se enquadram na categoria de pequenos produtores, com uma RBA de até R$ 360 mil por ano. Já 28,89% são considerados de porte médio, com RBA entre R$ 360 mil e R$ 1,6 milhão, e 17,78% são grandes produtores, com uma RBA superior a R$ 1,6 milhão. A pecuária e a soja são as principais atividades.
Dos produtores que participaram do estudo, 26,67% possuem propriedades de até 10 hectares; 29,63%, entre 10 e 100 hectares; e 37,04%, entre 100 e 1.000 hectares; e 6,67%, mais de 1.000 hectares. Já a distribuição geográfica dos respondentes se divide da seguinte forma: Sudeste (29,63%), Sul (21,48%), Nordeste (20,74%), Centro-oeste (17,78%) e Norte (10,37%).
A pesquisa destaca, ainda, a ascensão dos marketplaces, que aparecem como o segundo canal de pesquisa dos produtores rurais, evidenciando uma crescente preferência por soluções online. Embora 74,48% ainda optem por lojas físicas ou vendedores de revendas, 43,45% utilizam marketplaces para comparar preços e descobrir ofertas, enquanto 33,10% recorrem às redes sociais. Além disso, 73,79% dos entrevistados preferem comprar máquinas e implementos novos, com 26,21% mostrando interesse em usados pela melhor relação de custo-benefício. Ou seja, essa mescla de tradição e inovação reflete a evolução das práticas de compra no setor agrícola, onde a qualidade e o suporte continuam a ser priorizados em um mercado cada vez mais digitalizado.
Quanto aos critérios de escolha de fornecedores, os produtores rurais expressaram suas prioridades de forma surpreendente. Embora os entrevistados pudessem selecionar mais de uma opção, o fator ‘preço’ ficou em penúltimo lugar, sendo indicado por 66,67% deles, evidenciando que a questão financeira não é a única preocupação. Em contrapartida, a ‘qualidade do produto’ liderou a lista com 91,67% das menções, seguida por ‘assistência técnica e suporte pós-venda’ (78,99%) e ‘condições de financiamento’ (77,94%). ‘Prazo de entrega’ também foi considerado essencial por 75,56% dos respondentes. Por fim, a importância do networking foi apontada por 52,21% dos entrevistados, que optam por seguir recomendações de outros produtores ou pecuaristas na seleção de fornecedores.
Em relação aos principais desafios, o acesso ao crédito se destaca: foi apontado por pouco mais de 37% dos entrevistados, seguido pela alta dos custos operacionais, com 33,79%. Logística (0,69%) e disponibilidade de insumos (1,38%) são as menores preocupações entre os obstáculos listados na pesquisa.
“O relatório lança um olhar para o futuro, sob a ótica do produtor e é um reflexo de suas prioridades na busca por condições mais favoráveis para alcançar um crescimento sustentável”, destaca José Evaldo Gonçalo, presidente do Broto. "Os resultados oferecem uma visão abrangente em relação a diversas dores enfrentadas pelo setor e dão indícios de um mercado em transformação, onde qualidade, relacionamento, suporte técnico e pós-venda são fundamentais, assim como condições financeiras viáveis e flexíveis para a modernização das operações”, finaliza.