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Atrasos na exportação de café atingem níveis preocupantes

Porto de Santos (SP) registrou o maior percentual de atrasos


Foto: Pixabay

Em maio de 2024, um alarmante índice de 54% dos navios destinados à exportação de café no Brasil enfrentaram atrasos ou tiveram suas escalas alteradas nos principais portos do país. Estes dados foram revelados pelo Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O Porto de Santos (SP), principal hub de exportação de café no Brasil, registrou o maior percentual de atrasos, com 78% dos navios enfrentando mudanças em suas escalas. Entre os 97 navios afetados, o maior prazo de atraso foi de 22 dias. Apenas 9% dos procedimentos de embarque conseguiram um prazo superior a quatro dias de gate aberto, o menor índice desde o início do levantamento em janeiro de 2023. A maioria, 56%, teve entre três e quatro dias de gate aberto, enquanto 35% dos procedimentos ocorreram em menos de dois dias. Além disso, 32 navios não tiveram sequer uma abertura de gate em maio.

No complexo portuário do Rio de Janeiro, o segundo maior exportador de café do Brasil, a situação também é crítica. Em maio de 2024, 44% das embarcações enfrentaram atrasos, totalizando 37 dos 84 navios destinados às remessas do produto. No balanço mensal, 24% dos procedimentos de exportação tiveram prazo superior a quatro dias de gate aberto, 41% ficaram entre três e quatro dias e 35% tiveram menos de dois dias.

Devido aos elevados custos adicionais impostos aos exportadores brasileiros de café, Cecafé intensificou os diálogos com transportadores marítimos, terminais e com a Autoridade Portuária de Santos, buscando aprimorar os processos de embarque. "Notamos grande interesse da Autoridade Portuária de Santos na manutenção do diálogo e na busca por soluções que reduzam esses riscos, mas são necessárias uma reflexão mais profunda e a ampliação do debate", afirma Heron. Ele conclui que, com a previsão de maior movimentação de cargas conteinerizadas no segundo semestre, os desafios tendem a aumentar, uma vez que não há capacidade e contingente adequados para garantir a tranquilidade no comércio exterior brasileiro.

 

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