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Brasil pode liderar a transição verde

A falta de definição e padronização da bioeconomia dificulta a criação de estratégias



A falta de definição e padronização da bioeconomia dificulta a criação de estratégias A falta de definição e padronização da bioeconomia dificulta a criação de estratégias - Foto: Pixabay

A bioeconomia é essencial para vários setores e requer a colaboração de diferentes atores para alcançar um consenso comum. Ela deve ser inclusiva, promovendo o desenvolvimento dos biomas com preservação ambiental, além de considerar os aspectos econômicos e sociais. "É um caminho a ser seguido de forma estruturada", afirmou Talita Priscila Pinto, coordenadora do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Webinar ABAGTALKS Caminhos da bioeconomia para a COP30, promovido pela ABAG em 17 de junho.

Segundo Talita, o Brasil deve identificar e superar suas dores, lacunas e gargalos. O país tem potencial para ser uma grande fábrica de desenvolvimento setorial sustentável, oferecendo um universo de possibilidades que já foram implementadas e podem ser ampliadas, promovendo o desenvolvimento da bioeconomia e gerando externalidades positivas local e globalmente.

A falta de definição e padronização da bioeconomia dificulta a criação de estratégias comuns e afeta a captação de recursos e investimentos necessários para soluções globais, além de impactar a avaliação de sustentabilidade de produtos pelo ciclo de vida (ACV), conforme apontado por Talita Priscila Pinto. No Webinar ABAGTALKS, mediado por Nina Ploger da IPDES e membro do Comitê de Sustentabilidade da ABAG, Marcello Brito, do Consórcio Amazônia Legal, enfatizou que as mudanças na bioeconomia são impulsionadas pela ciência e tecnologia, citando a transformação da indústria de papel e celulose de um setor em declínio para um componente crucial da economia global, criando alternativas ao plástico e convertendo resíduos em recursos valiosos.

 “Como colocar nosso país dentro desse mercado de forma mais assertiva? Ao ampliar a inserção do Brasil nos mercado internacionais, teremos mais recursos e mais desenvolvimento. Vamos conseguir utilizar os ativos ambientais para trabalhar a agenda da bioeconomia, que contempla mineração responsável, sistemas alimentares sustentáveis, energia renovável, novos processos industriais”, explicou Brito.
 

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