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Brasil registra alta nas importações

Aumento foi impulsionado pela maior compra de produtos como trigo e centeio



Foto: Divulgação

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), as importações brasileiras registraram crescimento em dezembro de 2024, com destaque para os setores de agropecuária e indústria de transformação. O setor agropecuário teve alta de 25,1%, somando US$ 0,47 bilhões. A indústria de transformação avançou 3,3%, alcançando US$ 18,64 bilhões. Em contrapartida, a indústria extrativa apresentou queda de 10,5%, totalizando US$ 0,80 bilhões.

O aumento das importações foi impulsionado pela maior compra de produtos como trigo e centeio não moídos, que cresceram 19,3%, cevada não moída, com expressiva alta de 518%, e cacau em bruto ou torrado, que disparou 40.392,9% no setor agropecuário. Na indústria extrativa, os destaques foram pedra, areia e cascalho (20,1%), linhita e turfa (358,9%) e gás natural, liquefeito ou não (47,3%). Já na indústria de transformação, sobressaíram-se motores e máquinas não elétricos (20,2%), partes e acessórios de veículos automotivos (24,6%) e instrumentos de medição e controle (46,7%).

De acordo com os dados, apesar do crescimento geral, houve recuos em alguns produtos. No setor agropecuário, centeio, aveia e outros cereais não moídos caíram 46,8%, frutas e nozes não oleaginosas frescas ou secas recuaram 3,4% e a soja teve queda expressiva de 96,3%. Na indústria extrativa, as quedas foram lideradas por fertilizantes brutos (-59,1%), carvão (-43,8%) e óleos brutos de petróleo (-2,5%). Na indústria de transformação, destacaram-se as reduções em óleos combustíveis de petróleo (-43,6%), fertilizantes químicos (-20,2%) e válvulas e tubos eletrônicos (-18,4%).

Acumulado do ano mostra expansão geral nas importações No acumulado de janeiro a dezembro de 2024, as importações registraram alta de 25,6% na agropecuária, somando US$ 5,65 bilhões. A indústria extrativa cresceu 1%, atingindo US$ 16,25 bilhões, enquanto a indústria de transformação avançou 9,3%, alcançando US$ 238,74 bilhões.

O crescimento anual foi puxado pelo aumento das compras de trigo e centeio não moídos (26,8%), frutas e nozes frescas ou secas (29,4%) e soja (273,9%) na agropecuária. Na indústria extrativa, destacaram-se outros minerais em bruto (7,1%), minérios e concentrados de metais básicos (3,3%) e gás natural (100,1%). Na indústria de transformação, ganharam relevância motores e máquinas não elétricos (28,9%), veículos automóveis de passageiros (43,2%) e aeronaves e equipamentos (39,3%).

Mesmo com a tendência de alta, houve retração em alguns produtos. No agropecuário, o café não torrado recuou 60,5% e o algodão em bruto, 18,1%. Na indústria extrativa, destacaram-se as quedas em minérios de Cobre (-100%), carvão (-23,1%) e óleos brutos de petróleo (-4%). Na indústria de transformação, coques e semi-coques caíram 41,1%, óleos combustíveis de petróleo recuaram 12,3% e fertilizantes químicos diminuíram 7,2%, conforme os dados da Secex/MDIC.

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