Danos mecânicos em sementes de soja comprometem qualidade
Para reduzir esses impactos, recomenda-se ajustes adequados nas colhedoras
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A colheita mecanizada da soja destinada à produção de sementes exige cuidados especiais para minimizar os danos mecânicos, alerta o engenheiro agrônomo Paulo Ricardo Sabino em publicação no LinkedIn. Esses danos podem ser imediatos, visíveis a olho nu, ou latentes, perceptíveis apenas por testes específicos, ambos afetando diretamente o vigor e a germinação das sementes. Estudos indicam que a germinação pode ser reduzida em até 10% devido a esses danos, e um beneficiamento inadequado pode ampliar essa perda para 20%.
Durante o beneficiamento em Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS), sementes danificadas são descartadas, diminuindo o rendimento final dos lotes e impactando a rentabilidade do processo. A Instrução Normativa nº 45 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabelece padrões de qualidade para sementes, incluindo limites máximos para danos mecânicos, visando manter a qualidade do material comercializado.
“Durante o processo de beneficiamento nas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS), sementes danificadas tendem a ser descartadas, reduzindo o rendimento final do lote. Danos mecânicos, como trincas e quebras, aumentam a quantidade de material inapto para comercialização, impactando negativamente a eficiência e a rentabilidade do processo”, comenta..
Para reduzir esses impactos, recomenda-se ajustes adequados nas colhedoras, monitoramento da umidade das sementes entre 13% e 15%, manutenção preventiva dos equipamentos e capacitação da equipe operacional. A adoção dessas práticas contribui para a produção de sementes de alta qualidade, melhorando o desempenho no campo e aumentando o retorno econômico dos produtores.